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domingo, 5 de junho de 2011

Amor de café

Eu quero um amor de café com gosto de chocolate quente. É meu bem isso mesmo. Essas coisas inusitadas da vida da gente, amor que acontece por acaso. Quente, amor de inverno. Nada breve. Nada que não possa ser. Que não possa acontecer. Amores que surgem em um olhar.
Pra falar a verdade, eu CANSEI de amor de festa, amor de modinha, amor de micareta. Pois é minha gente pra quem não sabia, eu sou sim (e sim Felipe Neto), micaretera, adoro uma festinha, um agito, pode ser o auê que for.
Mas sabe gente uma hora cansa. Cansei desses amores de pra sempre que não duram mais que cinco dias. Amor que vai embora e só volta da boca pra fora.
Hoje eu li que cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é. Pois é minha gente essa é a delicia de ser eu, chocolate quente. A dor de ser eu, amor de cinco dias. Gente o mundo anda girando tão rápido que o que era pra durar minimizou. O que era pra ser pra sempre virou pra agora e depois quem sabe. Amor que deixou de ser pequeno, de caber no bolso e passou a ser nano com um buraco no meio.
Então meu bem, minha amiga, onça do meu coração, se você tem um amor que é mais que nano, que vai embora, mas volta. Que cabe no seu bolso, mas não some lá dentro. Cuida. Cuida como se fosse recém nascido. Por que amor é assim, minutos desperdiçados, brigas sem razão, um respirar fundo, perdoar e recomeçar. Se não tem graça, tudo que vem fácil vai fácil, já dizia alguém mais velho.
E pra você que achou que hoje era seu dia de verso e rima, desculpa, meu coração de circo, não ri de qualquer palhaço.

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