Entrei de novo no confessionário. Virou moda catalogar pensamentos. Tantos lugares, tanta gente. Tanta coisa, tanto amor. Tanto tudo. Tenho uma inconstância que diferente da inconstância dos rapazes do Romantismo não é falta de vergonha. Não estou querendo todos os homens porque cada um tem sua qualidade. Tenho o coração pregado nos olhos. Amores pregados no sorriso. Desamores pregados no meu tiro ao alvo. Buracos da minha vida na parede do meu quarto.
Tem dias que eu cresço um pouquinho, um centímetro na minha escala de amor próprio. E tem dias que eu quero um cantinho e ficar bem pequenininha. Porque vivo de mudança. Mudança de tamanho, de humor, cor e coração. Ás vezes quero pequeno "um amor e uma cabana". Um sorriso. Felicidade que cabe no bolso. Mas não é sempre, às vezes o pouco me entedia. Tédio com T bem grande. E já que estou no confessionário deixo bem claro: sou meio egoísta sim, detesto dividir. Mas sejamos realistas, tem coisas que não se divide. Amor dos outros é uma delas, principalmente se o amor é de outra. Mas isso não vem ao caso.
E mudando de assunto, admito, tenho uma saudade danada do que não se apaga de mim, não perde o brilho e nem a cor. Foto de memória, gravada na mente, fechar de olhos que me devolve minuto de silêncio. Quarto branco. Amor que dorme. Esperando final feliz.
Só que na vida nem tudo são amores. Você faz amigos, espera que eles também sejam pra vida toda. Aprende com eles, ri, chora, dá volta ao mundo. E acaba brincando de eu não estou te vendo. Mentira, está sim. Isso é chame, graça dos sinais coloridos de quem me conhece do início quase ao fim. De quem colore meu céu de arco-íris e ganha "Palavras"impressas sobre a mesa do escritório. Esperando que você vire a página, dizem que é onde a gente se encontra. Encontra? Acho que não. Compatibilidade de bipolaridade. Incompatibilidade de meios e fins. Piada da vida. Você abre um sorriso e se perde de novo. Afinal tenho cara de choro. E vivo me procurando na bagunça que mora em mim. O que também não significa que seja toda uma lágrima. Gata borralheira de contos de fada.
Contos que nunca saem da minha vida. Meus príncipes viram sapos. Me trocam por festas de abada e moças de coeficiente intelectual menor que o meu. Vejam bem, tenho pontas, não inteligência loira. Faço cara de sonsa. E sou meio tontinha às vezes. Ou não, enfim depende de pra que você está me querendo. E sinceramente, agora sou eu que estou me querendo e querendo só pra mim. Querendo meus 18 anos, não que façam muita diferença. Mas são meus, cada segundo. Dispenso festas, presente e velas, bolas coloridas. Não quero nada além de mim dia 24, a menos que você me deva um bolo ou um pirulito grande e colorido. Aceito cartas (não emails).
Ps: Brincadeirinha Vih.
Ps2: Gosto de quem ri da vida, rabisca a palavra, música sem rima.
Palavras em : http://euemumminuto.blogspot.com/2011/01/palavras.html
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